Exame confirma caso de raiva bovina em Ribeirão Bonito

Ao todo, vinte animais podem estar contaminados com a doença no município 

RB Na Rede

Caso de raiva foi confirmado em Ribeirão Bonito (Foto: Reprodução/Internet)
Caso de raiva foi confirmado em Ribeirão Bonito (Foto: Reprodução/Internet)

Um caso de raiva bovina foi confirmado nesta sexta-feira (29) em um animal de uma propriedade rural de Ribeirão Bonito. Ao todo, vinte animais podem ter contraído a doença.

De acordo com o Departamento de Saúde do Município, através da Fiscal Sanitária Patricia Helena Dornfeld, exames foram realizados após um animal apresentar as doenças. O resultado do Instituto Pauster, em São Paulo, confirmou a raiva. Outros dois casos já foram enviados para análise e na próxima semana mais deverão ser emitidos.

A Diretora de Saúde, maria eliza Alboléia, disse que as pessoas que tiveram contato com os animais precisam ser imunizados, através da vacinação.

Por isso, diante da confirmação do caso de raiva em herbívoros pelo Instituto Pasteur, em Ribeirão Bonito, a Secretaria de Saúde através da Vigilância Sanitária e Epidemiológica, faz um alerta a todos os proprietários rurais que possuam bovinos e equinos em suas propriedades, para que vacinem seus animais  urgentemente, visto que é uma doença perigosa e mortal também para o ser humano. “Pedimos para que todas as pessoas que tiveram contato com algum animal doente que procure rapidamente o Posto de Saúde do Jardim Centenário para tomar a vacina. Não podemos esquecer que a raiva é mortal”, declarou Patricia.

Raiva – A raiva é uma doença infecto-contagiosa do sistema nervoso que tem como agente etiológico o vírus Rabdovírus, que acomete predominantemente os mamíferos. Esta infecção viral é fatal em praticamente 100% dos casos.
Nos bovinos, esta enfermidade representa grandes prejuízos econômicos para o produtor, bem como um grande impacto na saúde pública. A fonte de infecção sempre é um animal infectado, sendo que o método de transmissão mais comum é a mordida de um animal portador do vírus, embora a contaminação de feridas cutâneas pela saliva recente possa levar à infecção. O principal agente transmissor desse vírus para os bovinos são os morcegos, em especial, o Desmodus rotundus, porém, outras espécies de morcegos hematófagos também podem transmitir o vírus, como o Diphylla ecaudata e Diaemus youngi.

Os herbívoros, em geral, são hospedeiros acidentais do vírus da raiva, pois, embora participem do ciclo rural da raiva, contribuem apenas como sentinelas à existência do vírus. Sua participação nesse ciclo restringe-se a morte do animal, não ocorrendo envolvimento no processo de transmissão a outras espécies, apenas de forma acidental.

Após adentrar a corrente sanguínea, o agente etiológico da raiva afeta os nervos, seguindo o curso deste até alcançar a espinha e, por fim, atingir o cérebro.

As manifestações clínicas apresentadas pelos animais infectados de origem neurológica. Inicialmente podem apresentar sintomas inespecíficos, como isolamento, apatia, inapetência, lacrimejamento e corrimento nasal. Com a evolução do quadro, os animais apresentam dificuldade de deglutição, devido à paralisia do músculo da língua (levando à conseqüente sialorréia), tenesmo, incoordenação, em especial, dos membros posteriores e, por conseguinte, deitam e iniciam movimentos de pedalagem, passam a apresentar midríase (dilatação das pupilas), dificuldades respiratórias, asfixia e, por fim, morte. Esta última ocorre dentro de 4 a 6 dias após o início dos sintomas.

O diagnóstico laboratorial é imprescindível para a determinação do foco, pois a ocorrência de um foco de raiva será reconhecida apenas quando houver um ou mais casos da doença confirmados através de testes laboratoriais.

Não apenas dos bovinos, mas como de qualquer herbívoro com suspeita de raiva, devem ser colhidas durante a necropsia, amostras do sistema nervoso central (SNC). No caso de ruminantes, o encéfalo.

A raiva não tem cura. Contudo, já foram descritos na literatura casos de cura de animais clinicamente afetados pela raiva, além do caso de um humano afetado pela raiva, no fim da década de 1970. Em conseqüência do perigo de infecção para outros animais, e até mesmo para o homem, os animais infectados com o vírus da raiva costumam ser sacrificados.

Para o controle da raiva bovina, pode ser realizado o controle dos morcegos hematófagos, utilizando-se substâncias anticoagulantes, como a warfarina. Esta é, por sua vez, passada no dorso de morcegos capturados por meio de armadilhas. Devido ao hábito dos morcegos de limparem uns aos outros, por meio da lambedura, estes irão ingerir a substância anticoagulante presente no corpo do animal e, deste modo, irão sangrar até morrer.

A principal medida de profilaxia da raiva é a vacinação dos animais, especialmente em áreas endêmicas. Deve ser feita em animais acima de 3 anos de idade e revacinados anualmente. Esta é uma vacina que contém vírus inativado, e deve ser aplicada por via subcutânea ou intramuscular, na dosagem de 2 ml por animal.

A raiva é uma enfermidade de notificação compulsória (obrigatória), sendo assim, cabe ao proprietário notificar imediatamente ao Serviço Veterinário Oficial, a suspeita de casos de raiva em herbívoros, bem como a presença de animais apresentando mordeduras por morcegos hematófagos, ou ainda, informar a presença de abrigo desses morcegos (como cavernas, casas abandonadas, entre outros). A não-notificação expõe o rebanho da região a riscos, bem como o próprio homem. Caso o proprietário não realize a notificação, caberá sansão legal a este.

18 comentários sobre “Exame confirma caso de raiva bovina em Ribeirão Bonito

  1. Apenas corrigindo, a vacinação deve ocorrer em animais com idade igual ou superior a 3 MESES e não 3 anos como diz a reportagem. Animais mais jovens devem ser avaliados caso a caso. Animais primovacinados (quem vão receber a primeira dose), devem ser revacinados após 30 dias.

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