João Blota será entrevistado pela Rádio Joven Pan neste sábado
Empresário que viveu o drama das drogas irá ao Programa Mundo da Bola
RB Na Rede
O empresário João Blota, que viveu boa parte da sua vida no mundo das drogas e conseguiu dar a volta por cima e vencer este mal, dará uma entrevista na rádio Jovem Pan no Programa Mundo da Bola neste sábado.
Com apresentação de Flávio Prado o programa começas às das 9h30min e vaia té às 13h. A Jovem Pan FM está sintonizada na 100.9 e na AM 620). Quem se interessar pode ouvir online através do site da emissora.
O Livro NÓIA – João Blota conta sua trajetória de 12 anos de envolvimento com as drogas. Em sua narrativa, João fala que tudo o que indicavam e que poderia produzir “barato”, experimentou. Chegou no auge do vício, a fumar 40 pedras de crack em um só dia. Hoje, João é empresário, pai de família que sobreviveu ao mundo das drogas dando a volta por cima.
Por conta do inferno que viveu, quer ajudar a quem necessita. Palestras estão sendo ministradas pelo João com o intuito de alertar os jovens e até mesmo aos pais, do perigo que está bem próximo, a droga.
O exemplo de coragem do João, aliado a força e perseverança de sua mãe guerreira Dag, será contado pelo próprio João.
Trecho do Livro
Logo na abertura , o choque da verdade:
“…como em tantas outras noites, frias ou quentes, eu estava na bocada, pegando meu suprimento de crack. O barraco ficava na esquina entre dois becos e havia grande movimentação de viciados, aviões e traficantes ”.
A narrativa prossegue descrevendo a “sensação de pânico , terror causada pelo uso do crack”.
Um longo caminho com a morte sempre muito perto. Na descrição, palavras fortes que revoltam e amarguram quando revelam a realidade de quem é dependente do crack. “O medo e a mania de perseguição faziam com que visse ameaça em toda parte. Ficava horas trancado no quarto , ouvido colado na parede , tentando escutar alguma voz suspeita. Mãos geladas, suando frio, corpo tremendo, um medo devastador que produzia a sombra de uma fera gigantesca , pronta para me devorar”.
Na busca alucinada por crack, chegou a “desmontar seu Passat inteirinho : abri o painel, tirei os bancos, arranquei o forro das portas. E, claro, não havia nada. (…) Cismei que havia uma pedra dentro do dedo e queira arrancá-la de qualquer jeito. Mordia, coçava, até finalmente, pegar uma faca para cortar.Não foi nada fácil a tarefa de me convencer a desistir de arrancar o polegar”.
Durante a internação, a força da mãe: “Passou dois dias sentada junto à cama em que eu estava amarrado para evitar a aproximação indesejada de possíveis agressores. (…)Minha mãe precisou vender uma casinha de praia que possuía em Santos para pagar o valor absurdo das diárias da clínica”.
E nas palavras do autor, uma esperança : “Esta é a saída para quem está perdido: olhar para o lugar de onde veio e receber o carinho e apoio das pessoas que o amam”. (Trecho do livro extraído do site da Jovem Pan).